sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Civilidade

Ferve-me o sangue quando alguém diz que vivemos num mundo civilizado. A maioria das pessoas pensa que somos mais evoluídos do que alguém que viveu no século XIX pelo simples fato de vivermos no século XXI. Como se evoluíssemos pelo simples fato de o tempo passar. O mundo é demasiado selvagem e a cada dia que passa piora. Não existe mais respeito. Não existe lugar seguro. Estamos cercados de trogloditas.

Ontem estava com alguns amigos tomando aquele chimarrão gelado (que não escrevo o nome por não saber como se escreve) e jogando conversa fora. Todos tranqüilamente sentados na sombra da varanda de uma residência de família. Não representávamos ameaça alguma para quer que fosse.

Mas parece que não era bem assim. Fomos interrompidos no meio de uma conversa por uma besta selvagem embriagada, com seus tentáculos envoltos numa garrafa de cerveja e cuspindo despautérios relacionados a um amigo da volta. Algo ridículo. Do tipo: você estava me olhando quando eu passei, quero ver você me encarar agora. Tudo, é claro, no seu idioma precário e submisso. Como se fosse costume observarmos animais embriagados e sujos. O animal raivoso era ridículo. Deveria ter um metro e sessenta. Uns trinta quilos. Completamente embriagado. Talvez minha poodle desse conta dele. Estava acompanhado de outros dois animais em condições “menos precárias” que ele. Seus dois companheiros tentavam inutilmente fazer com que o troglodita parasse com seu showzinho. Enquanto isso observávamos toda aquela cena e meu amigo se desculpava sem, sequer, saber por quê. O grande espetáculo acabou com o troglodita arremessando o recipiente de sua bebida contra nós. Não sei se atirou para acertar ou errou devida sua condição lastimável.

O que restou após o fato? Nada. Esqueça. Acabou. Foi-se. Caso você acredita em alguma coisa, esqueça. Não vale a pena. Vivemos no esgoto do mundo, cercados por fezes fedorentas. E como fedem. Essas fezes são incapazes de viver em harmonia com seres que tenham um mínimo de civilidade. Isso é o retrato do nosso tão civilizado mundo.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Natal

Alguém ainda agüenta a Simone cantando: "Então é natal..."

Natal feliz só sem Simone.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Matador

“Nunca fez gols. Nunca dominou bem. Nunca acertou um passe.” Disse Diego, amigo do Beto. Ao seu lado, Beto ri à toa. Marcou vários gols, dominou todas, não errou um passe sequer. “Sou matador.” Respondeu Beto.

Diego não sabia que Beto realmente era matador. Há um tempo atrás, antes de conhecer Diego, Beto era artilheiro, camisa nove. Guardava todas. Jogava no time da cidade onde morava e era famoso por seus gols. Nos jogos da cidade era ovacionado pela torcida. Principalmente pelas mulheres. Fazia sucesso com todas. Mulherengo, assim como todo artilheiro. Não marcava gols só nos gramados. Quanto mais gols, mais mulheres. Quanto mais mulheres, mais gols. Passava a noite com as mulheres e se tivesse jogo no outro dia, chegava cedo, o rosto inchado, mas era só entrar em campo para marcar gols e correr feito um touro. Matador.

Hoje está casado. Joga menos. Trabalha mais. Parou com as noitadas. Ainda não está totalmente fora de forma, mas já não corre como antes. Os gols é que sumiram juntamente com as mulheres. Sobrou só uma. Sua esposa. Tem uma vida estável. Foi domesticado. Um ambiente péssimo para um matador.

Beto sente falta das mulheres e de seu bom futebol. Na verdade, sentia. Há alguns dias atrás conheceu uma garota. Vinte anos. Universitária. Pele branca como a neve e belas formas. Começou a sair com ela. É novamente um selvagem. Um novo homem. Ou melhor, é um velho homem. O velho homem. Voltou a marcar gols, dominar e dar passes certeiros. O prazer ilícito fez renascer suas qualidades. Afinal, ele é um matador.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Consultório

Detesto consultórios. Os odontológicos então... A tortura começa na sala de espera. Você chega, senta e aguarda. Pessoas em sua volta lêem revistas do tempo da ditadura, fazem de conta que estão interessadas e esperam. Mas quando não protagonizam esse fingimento o caso é pior. Você olha pra pessoa. A pessoa te olha. Até o inevitável comentário do tempo, da CPMF que não passou ou do futebol. No meu caso foi a primeira opção. E, por azar, peguei um expert no assunto. O cara devia ter uma central meteorológica em casa. Falou dos ventos, da umidade e dos erros da previsão apresentada na televisão. Por sorte fui chamado antes de ele começar a falar do El Niño e sua influência no clima da América do Sul.

Entrei, sentei na cadeira e lá passei a hora seguinte da minha vida com a boca aberta, um estranho mexendo nos meus dentes e falando, inutilmente, comigo. Mantendo a educação eu resmungava alguma coisa e levantava a mão quando a maldita anestesia não funcionava. Ah, como seria mais simples se não precisasse passar por isso.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Verdade Mundana

"O dinheiro é a coisa mais importante do mundo. Representa: saúde, força, honra, generosidade e beleza, do mesmo modo que a falta dele representa: doença, fraqueza, desgraça, maldade e fealdade."

Schopenhauer, Artur

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Melancolia Voraz

A melancolia da decepção é, talvez, a pior de todas. A melancolia tomou conta de mim, como um veneno conduzido pelo sangue, espalhando-se rapidamente pelo corpo. Nem tudo acontece como quero. É evidente. Mas quando a coisa mais simples não ocorre, parece que a decepção é muito maior. O fato mais esperado que de tão esperado nem esperava mais. Praticamente nem pensava nisso. Era assunto resolvido antes de se resolver. Tamanha era a simplicidade do fato e a certeza do acontecimento que me derrubou de uma maneira muito mais intensa que muitos fatos infinitamente mais importantes na minha vida.

Minha decepção veio diante da notícia que não foi dada, foi percebida. Ficar calado diante do que não tem o que falar é agoniante. Meu espírito, em meio a tudo isso, entregou-se à melancolia. Deveria ter feito diferente? Deveria ter feito mais? Menos? Devo me matar ou matar meu algoz? Nenhuma das alternativas resolve. O que torna tudo mais melancólico. Meu dia é melancólico. Meu semblante é melancólico. Minha noite será melancólica. Apesar de sequer ter perdido uma batalha, perdi a guerra. Meus soldados desertaram e me encontro sozinho no campo de batalha, já dando as costas ao inimigo que invade o território inesperadamente feliz e orgulhoso.

Preciso de uma injeção de ânimo que não sei onde encontrar, em que farmácia comprar. Está tudo certo. Tudo tão decepcionalmente certo que me entrego à melancolia de estar certo sem estar. Um simples desgosto acabou com meu ânimo. Humilhou meu exército e o fez desistir da luta. Meu dia se tornou amargo. Preciso de algo. Uma palavra, um fato ou um ato. Algo que me faça sair desta inércia e voltar ao trabalho, à ação. Algo que não espero, seja bom, seja ruim, seja péssimo, mas seja inesperado.

sábado, 24 de novembro de 2007

O Que Vi

Ando em marcha lenta. Meu cérebro pouco funciona ultimamente. Ou melhor, anda funcionando demais na faculdade e no estágio, o que o torna imprestável para outras atividades, dentre as quais, escrever. Neste momento, por exemplo, sinto os neurônios fatigados. Reclamando da dura tarfefa de permanecerem trabalhando.

Como não tenho vontade de escrever, fico passeando pelos blogs. Tenho visto algumas coisas legais. Dentre as quais esta publicidade. A "recomendação" do Hotel Dan. E, ainda, a genealogia da moral.

Enquanto não escrevo vou humilhando meus neurônios dando exemplos de neurônios que não param de trabalhar e produzem muito mais do que eles. Talvez um dia eles atinjam o ritmo de trabalho esperado. Estou apostando na motivação.

domingo, 18 de novembro de 2007

Tolerância Zero

Estou velho. Só pode ser essa a resposta. O pior, não “de idade”, mas de espírito. Não tenho mais a paciência que tinha antigamente. Não consigo mais usar os chamados bons modos em determinadas situações. Aquela maldita educação que os bons costumes me ensinaram.

Não consigo rir de piada sem graça. Não aturo certas atitudes idiotas. Não respeito determinadas opiniões e tacho a pessoa de idiota, ignorante ou algo do gênero. Sequer peço licença pra gente “molóide” (como diria meu pai). Não sei até onde vou chegar dessa maneira. O fato é que estou mudando e perdendo uma pilha de gentilezas que sempre utilizei.

Mas o que mais me irrita e me fez perder totalmente a paciência é amigo bêbado-mala. Esse raro espécime aos poucos está sendo eliminado do meu círculo pessoal. Não tenho mais saco. Bêbado enchendo o saco e pagando mico do meu lado não. Pode ser meu melhor amigo, não rola. Saio fora ou escorraço com o cara. Há muito tempo atrás isso era, até certo ponto, aceitável, agora não. Não que eu não beba, bebo sim. Certamente devo falar alguma besteira. Mas tem cara que é dose.

Estou desenvolvendo uma intolerância com esse tipo de coisa. O pior que ela me faz bem. Sinto-me muito melhor agora do que quando aceitava, contrariado, tudo isso. Acho que isso é da natureza do ser humano. A porcaria dos bons costumes que nos domesticou dessa maneira. O problema é que ela não domesticou os malas.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Fuga Para Verrières

Após a tempestade da noite de ontem, a qual destelhou casas e deixou a cidade sem luz, estou aqui rabiscando essas palavras numa folha de caderno. Dois jornais e vinte páginas de um livro encerraram minha leitura diária. Não quero mais Stendhal. O “Vermelho e o Negro” que espere. Amanhã retornarei às desventuras do gênio orgulhoso de Sorel.

A falta da maldita energia elétrica, que me deixou sem celular e internet, é irritante. Chega ser clichê falar nisto quando se está sem energia, mas é difícil imaginar como as pessoas viviam sem luz e internet. Hoje, quando isso acontece fico irritado, parece que nada funciona. Parece que o dia foi anulado no calendário. Tédio completo num dia incompleto. Ainda mais quando se está sozinho em casa. Não vou resistir. Voltarei para Verrières, para as mentes dos personagens. Não posso mais permanecer aqui.


*. Tempestade do dia 13 de novembro, a qual me deixou sem internet até minutos atrás.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Brasil, País da Copa... ...Da Fome, Da Miséria, Da Corrupção, ...

Todo mundo já falou de copa. Agora também quero falar. Não vou ficar de blá, blá, blá. Pra mim esse assunto é bem simples. A única vantagem prática de se ter uma copa no Brasil é a possibilidade que tenho de dar meu olho esquerdo para assistir um jogo de copa do mundo. E acabou. Ponto final. O resto é conversa pra boi dormir. Esse papo de infra-estrutura, melhorias no transporte, na segurança, não rola. Melhoria só no bolso de quem vai administrar a mina de dinheiro que vai rolar. O cidadão? Quem se importa com o cidadão? Estamos falando de Copa do Mundo e ele, infelizmente, também está.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Os Livros Que Não Li

Ontem tava pensando nos livros que não li. Não os que não li não lendo. Mas os que comecei a ler e não terminei. Não porque não gostei do livro. Sei lá, não terminei por alguma razão que desconheço. Dois me marcaram, o tal “O velho e o Mar” do Hemingway e, pode acreditar, “Dom Casmurro” do Machadão. Não li Dom Casmurro. Acho que 90% dos brasileiros que algum dia leram um livro na vida já leram Dom Casmurro. Pois eu faço parte dos outros 10%. Isso que já li o “Memórias Póstumas...”, o “Quincas Borba”, “A Mão e a Luva”. Dom Casmurro não.

Mas o que me chamou a atenção foi o David Coimbra falando que acha Dom Casmurro uma porcaria. Disse mais. Disse que talvez fosse o pior livro de Machado de Assis. Tinha uma projeção não merecida. Isso me deixou preocupado. Comecei a pensar por quais razões ainda não tinha lido o tal livro. Será que, na verdade, não gostei mesmo? Será que Dom Casmurro é uma farsa? O Memórias eu li num suspiro, os outros dois também li tranqüilo. Só Dom Casmurro que não rolou. E olha que tentei ler mais de uma vez.

Agora sim estou desestimulado de realizar nova tentativa. Fosse um ignorante que falasse isso, eu nem daria atenção. Mas foi o David Coimbra. Um cara letrado. Ótimo escritor. Não que o cara tenha que acreditar em tudo que ele fala, cada um tem sua opinião. Mas o cara não falaria isso à toa. Putz. Agora vou ler o livro condicionado pela opinião do cara e pelos insucessos das outras tentativas. Não vou gostar. Tenho certeza. Pode ser o melhor livro do mundo. Não vou gostar. Logo Dom Casmurro. O carro-chefe do melhor escritor brasileiro de todos os tempos. Vou ler o “O Velho e o Mar”.

sábado, 3 de novembro de 2007

Visual

Eu ia mudar um pouco o visual. Mas só um pouco. Fui mexendo e não consegui voltar mais. Perdi a imagem de fundo do título. Merda total. Hoje fiquei a tarde inteira arrumando isso aqui. Mas agora acho que ficou bom. Na verdade achei melhor que o anterior. Agora fica assim. Não mudo tão cedo.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Ufa, Passou

Nada como um porre para comemorar a passagem de uma semana que durou séculos. Prova. Prova. Prova. Prova. Assim resumo essa minha semana que, felizmente, passou. Não fosse, é claro, o porre ontem.

Premeditado. Desenhado desde segunda-feira. E, obviamente, não resistí à ele. Conforme a semana foi passando, fui sentindo sua aproximação. Ontem, quando coloquei os pés no bar, a profecia estava se concretizando. Por aí foi a noite. Um belo porre entre amigos.

Bebi em comemoração. Isso é muito importante. Num texto que li do "Sententia", no Breviário, ele fala justamente disso. Transcrevo aqui. "... a questão aqui não é exatamente o efeito da bebida, mas os motivos que nos devem levar a beber. E esta questão o senhor Chesterton já nos esclareceu em 51 letras: “Bebei porque sois felizes, mas nunca porque sois desgraçados.”"

A semana foi complicada, não bebi de raiva (acho ainda que nem me dei muito bem nas provas), mas sim em comemoração pela sua passagem. Quando o espírito está bem a bebida melhora ele. Quando está mal...

O importante é que passou. Ontem comemorei. Hoje me recupero. Amanhã retorno às bebidas pra comemorar a semana que está por vir que, à princípio, será bem light. A princípio.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Você é farda preta?

Tem um teste pra ver quem você seria no filme tropa de elite. Se você já ssistiu o filme vai lá e não fica de "caô com a minha cara, porra!"

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

A Tristeza de Riquelme


Assistindo a um programa esportivo, uma frase de um comentarista me chamou a atenção. Parece que o Riquelme sempre está triste, disse o comentarista. Pensei e pensei e cheguei a conclusão de que é verdade. Ele sempre está com aquela expressão fechada. Jogando bem ou mal, pela seleção, pelo Boca, pelo Barcelona ou pelo Villareal, está sempre triste, aparentemente.

Falar do Riquelme não é tarefa fácil pra mim. O cara destruiu meu time na final da Libertadores. Mas sua expressão fechada é algo muito curioso. Raramente o vejo com um sorriso e quando isso acontece é timidamente. O que é algo raro para um jogador de futebol. Ainda mais um de seu calibre, que dá alegria aos argentinos. Comparar ele com o ronaldinho, por exemplo, chega ser estranho.

Sua expressão é tão melancólica quanto um tango argentino. Ele é a cara da argentina. Joga um futebol catimbado e de muita técnica. Penso de onde vem essa tristeza. Às vezes tenho a sensação de que ele odeia o futebol de hoje, a mídia e os clubes europeus. Acho que ele sente saudade de quando era garoto e jogava pelada sem compromisso, sem a mídia e o dinheiro. Ali estava em seu estado natural. Deveria jogar de maneira tão encantadora quanto joga hoje e, quem sabe, com um sorriso no rosto.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Chaveatles

Montagem de um clássico dos Beatles com a turma do Chaves tocando.

domingo, 7 de outubro de 2007

Coisas Pra Macho

Não recomendo!

Cenas fortes. Imagens de uma operação policial no complexo do alemão no Rio de Janeiro. Não recomendo. Mas pra quem gosta de cenas fortes esta aí. Antes de clicar tenha em mente que quando falo em cenas fortes não é "fortes", mas "foooooooooooortes". Veja aqui.

Recomendo!

Você entende de peitos? Sabe quando é natural e quando é silicone? Então faça o teste no site da Playboy. Acertei 12 de 15. Não fiz feio, mas ainda preciso me aperfeiçoar. Faça o teste.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Os 50

Saiu um ranking dos 50 blogs mais populares do Brasil. Confira a lista aqui. Antes que você pense, "bah será que o Paranóia Cotidiana chegou lá?", eu vou adiantando a resposta para você. Não. Foi quase. Mais algumas centenas de links e milhares de visitas diárias e estaremos lá. Comemorando a boa fase (ficamos em 51° se não me engano) resolvi mudar um pouco o layout do blog. Obrigado pela presença e continue vindo aqui. Um dia dominaremos o mundo.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Chamei o Jogo

A culpa é minha. Pode reclamar. Admito que foi minha. Esse negócio de ficar falando bem de jogador em véspera de final não dá certo. Qualquer um sabe. Acabei com o futebol da Marta. Tudo por causa deste post aí embaixo ó. Chamei o jogo. Até pênalti ela errou. Putz.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Quero Marta no Grêmio


Essa joga muito. Não quero exagerar, pois, se jogasse contra os homens a dificuldade aumentaria. No entanto, tenho quase certeza que ela joga melhor que o Rámon. Aham. Aqueles dribles e arrancadas o Rámon não consegue nem jogando contra o time dos cones do Casseta & Planeta. Eu era extremamente machista quanto ao futebol. Pra mim futebol sempre foi e sempre seria esporte pra homem. Não combinava com mulher. Mulher deveria jogar vôlei ou basquete. A tal da Marta acabou com minhas certezas. Estamos diante da “Pelé” do futebol feminino. Ela joga muito acima das outras. Ah, se pudesse escalar mulher no campeonato brasileiro. Tchau pra ti Rámon.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

João, Era o Nome Dele

Cena 1

Chegando em casa de noite. Após minha higiene pessoal, vou pros meus “aposentos”. Tiro a roupa e me deito. Cansado, certo de uma gloriosa noite de sono.

Cena 2

Pahhh, pahhh, pahhh... era aquele som no fundo da minha cabeça. Me viro prum lado e pro outro. Após alguns instantes o som pára. Retorno à mais uma tentativa de sono.

Cena 3

Pahhh, pahhh, pahhh... Dessa vez levanto. Abro a janela. Olho em volta procurando o som. O pior. Dessa vez não pára. Deito. Levanto. Abro a janela. Deito de novo. Levanto. Saio na frente de casa. Nada. Só o barulho. Afinal, quem se dá o direito de tomar as poucas horas de sono deste pobre homem. Noite ingrata. Fiquei acordado até altas horas.

No outro dia

Mal dormido. Com um revólver na mão, só esperando ouvir um “pahhh”. Subindo a avenida ouço um cara gritando, já terminou a reforma? Não quero ouvir martelada hoje de noite João. João. João, era o nome dele.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Mais CPMF

Foi aprovada em primeira votação a prorrogação da CPMF. Um imposto que era pra ser provisório, mas já está se tornando definitivo. Se você deposita 10 reais na sua conta, você já não vai mais ter 10 reais porque uma parte já vai pro governo quando você for sacar. Essa parte que vai pro governo deve ser investida na saúde. Ou essa parte não vai pra saúde ou ninguém movimenta suas contas nos bancos porque a saúde pública é uma merda. E se não vai pra saúde vai pra onde? Dos 26 deputados gaúchos que votaram nesta quarta-feira, apenas 7 foram contra o imposto. São eles: Cláudio Diaz e Professor Ruy Pauletti (PSDB), Enio Bacci (PDT), Germano Bonow e Matteo Chiarelli (DEM), Luciana Genro (PSOL) e Renato Molling (PP). E o seu deputado? Está defendendo seus interesses? Vai anotando.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Um Blog

O cara agora tem um blog. Não sei se já confessei minha admiração por seus escritos. O fato é que o cara escreve muito. Hoje em dia, é meu predileto. Claro que existem escritores consagrados que não podem ser desprezados, mas o momento é dele. David Coimbra. Já está entre meus favoritos. Coloquei um link aqui no Paranóia Cotidiana. O cara agora tem um blog.

Um Pouco de Putaria

Cena do filme Femme Fatale, de Brian de Palma. Muito bem lembrada pelo Inagaki. Essa cena serve como teste de bichice. Se o cara estiver meio indeciso quanto ao seu “futuro” assistir essa cena e não sentir nenhuma reação do seu corpo, pode entregar os pontos que o cara já passou pro outro lado. Essa atriz merecia um oscar (ou um emprego em danceteria cara) só por essa apresentação. Não é à toa a reação do Banderas. Eu também não agüentaria.


terça-feira, 18 de setembro de 2007

Çem Título

Odeio redação. Pra você se sair bem nela você deve seguir as regras. É, escrever direitinho. Deve defender uma posição cegamente. Nunca olhar o outro lado da moeda. Sem refletir muito. Várias vezes escolhi, não a posição que realmente defendia, mas a que era mais fácil de fazer. É fácil ir bem na redação. Só que o texto parece tão pobre, limitado.

Aqui sim. Não há limitações. Coloco, as, vírgulas, onde, quiser, ESCREVO COM MAIÚSCULAS, ou minúsculas. Não há limitações. Posso até gritar... irrrruuuuuu Aqui sim ninguém reclama. Na redação você deve colocar um título, se não você leva zero na redação e perde pra um babaca que nunca leu um livro na vida e escreveu tudo de acordo com a “cartilha”. Se você foge do tema, leva zero. Se não tiver introdução, desenvolvimento e conclusão, você zera. No final nem é mais você que escreve é a banca que impôs aquele tema e as regras pra você seguir.

aFINAu, pOr ke naum poço ezcreve açim? Todo mundo entende. Os melhores escritores não tinham regras. Por que sempre quem fala escreva assim ou escreva assado nunca escreveu porra nenhuma que preste. Se houvessem regras a ser seguidas para ser um bom escritor, existiriam milhões deles e na verdade existem pouquíssimos.

Claro que em um documento as regras devem ser seguidas, documento é coisa séria, é trabalho. Literatura é lazer.

A redação avalia muito pouco. Só gramática mesmo. Ela limita. Aqui você também não vai encontrar nada que preste. Mas uma coisa eu garanto, ninguém me impõe limite. Izkre.vo côunforme; eu kizé.? %*)+#@

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Orgulho Gaúcho



Hoje se inicia a Semana Farroupilha. A nossa semana. A semana dos gaúchos. Onde mostramos nosso orgulho. Até uma república independente já formamos. É justamente esse o motivo da comemoração do dia 20. No dia 20 de setembro de 1835, começava a Revolução Farroupilha. Durante dez anos os gaúchos formaram a República Rio-Grandense. Ainda que, só em 1947, no pós-guerra, um grupo de jovens liderados por João Carlos D'Ávila Paixão Cortes, iniciaram um movimento preocupado com os valores da terra e aos heróis Farroupilhas, criaram a Ronda Farroupilha que deu origem à Semana Farroupilha. Mas certamente não é somente esse o motivo pelo qual o gaúcho tem tanto orgulho em ser gaúcho e levantar essa bandeira. O hino do estado é tão cantado quanto o nacional. É o único estado que tem um centro de tradições. Um não, milhares (até nos EUA existem CTG’s). Não comemoramos nosso dia, mas a nossa semana.

Emociono-me cada vez que canto o hino do Rio Grande do Sul. Ergo a cabeça, estufo o peito e canto com vontade. Confesso que nunca senti emoção alguma cantando o hino nacional. Não tenho nada contra o Brasil. Muitas pessoas de outros estados pensam que nós gaúchos não gostamos do Brasil. O que não é verdade. Apenas amamos o Rio Grande acima dele.

Numa época de grave crise como o estado vive hoje, emociona ver que a paixão pelo por esse estado só aumenta. Cada vez temos mais jovens nos CTG’s, cada vez nosso hino é mais cantado, cada vez o gaúcho é mais gaúcho.

Visitei alguns sites muito interessantes. Falam da história, costumes, vestimentas, músicas, poesias, enfim, quase tudo dos gaúchos, dois bem interessantes são o Galpão Virtual e o Rio Grande.

Semana Farroupilha, orgulhe-se também.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Grande Renan

Eu sabia desde o começo. O cara é inocente. Como que o presidente do senado vai ser corrupto? Uma instituição tão séria como o legislativo brasileiro não pode ser alvo de denúncias como essa. Tão séria que nem abriram as portas na hora do julgamento. Pois como vamos duvidar da seriedade desses políticos. Os três gaúchos já haviam anunciado que votariam pela cassação, o Simon, o Paim e o Zambiasi. Mesmo não podendo conferir os seus votos eu confio neles. Eles são senadores. E no final das contas eu acho mesmo que o Renan Calheiros não tinha culpa mesmo, isso tudo é invenção da imprensa, ou uma ilusão coletiva, não pode ser verdade. Grande Renan!

Cães

Problema caseiro. Um cachorro. Ou melhor, uma cadela. Não que eu não goste dos bichinhos. Só não gosto de ter um deles na minha casa. Ontem não parou de latir. Latiu a noite inteira. Acordei várias vezes. E o que me irrita é que parece que só eu acordo com essa praga. Vamos ver no que vai dar.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Falow Pavarotti!

Foi-se o Grande Pavarotti (grande). Partiu pra uma melhor. Apesar de gostar muito de música, nunca acompanhei sua carreira. Mas o cara era bom. Cantou até com o U2. Cantou em várias copas do mundo (1990, 1994, 1998 e 2002). Se bem que copa do mundo é futebol e não cantoria.

Mas o que eu sempre achei legal no cara é aquele jeitão italiano dele (vai ver que é porque ele era italiano mesmo). Aquela barba e o vozeirão. Vestindo fraque. Sempre pronto pra casar.

Uma vez me decepcionei. Pavarotti no Brasil. Ele tava na Bahia, se não me engano. Filmaram o cara com uma camisa floral aberta, de bermuda, todo suado. Quando olhei pra televisão pensei, que gordo escroto. Logo falaram que era o Pavarotti. Que decepção! Mas quem sou eu pra desfazer o cara, o Bono Vox vai no enterro dele. Milhares de fãs. Homenagem das forças armadas italianas. Confesso que se não fosse aquela imagem eu estaria mais triste hoje. Falow Pavarotti.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Me Acidentei-me

A noite do último sábado não foi muito boa. Voltando de uma festa me acidentei. Não foi grave, ninguém se machucou. Mas não é uma sensação muito boa quando você sai do carro e vê ele com as rodas pra cima. Ainda mais quando a festa já não foi muito boa. Agora não adianta lamentar. Uma coisa eu descobri. Pedras soltas na estrada deixam ela muito escorregadia. E aprendi um ditado. Na verdade eu já conhecia. Mas nunca dei muita importância. Agora eu sei, “devagar nas pedras”.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Paixão Orkutiana

Diogo se encantou com uma menina no orkut. Não a conhecia pessoalmente, somente pelo orkut. Sabia com quem andava, suas amizades e seus gostos. E seus gostos eram interessantes. Quer dizer, interessantes pro Diogo. Eram parecidos com os seus. Tinham várias comunidades em comum e ela tinha muitas outras que ele achou mais interessantes ainda que as dele próprio.

As fotos dela eram lindas. Cheias de efeito. Tinha muitas de seus olhos. Ah, e que olhos. Diogo não via a hora de vê-los pessoalmente. Ela tinha belas pernas também. O que também interessou a ele.

Foram se falando aos poucos. Como Diogo não a conhecia direito foi fazendo contato precavidamente. Cada dia avançava mais em território desconhecido. Ela era perfeita pra ele. Muitos gostos em comum e muitas belezas que o deixaram encantado. Diogo acessava suas fotos todos os dias. Queria conhecê-la logo. Saber como olhava com aqueles belos olhos. Como caminhava com aquelas belas pernas. Como falava coisas interessantes das quais ele apreciaria cada palavra pronunciada por ela.

Um dia Diogo viu sua amada vindo em sua direção e sentando na mesa ao lado, em um barzinho que ele costumava freqüentar. Não resistiu e sentou-se ao lado dela para ter certeza que era ela. E era mesmo. Após uma hora de intensa conversa Diogo descobriu que ela não era tão bela assim. Tinha tantas fotos de seus olhos porque o seu rosto não era tão lindo, nem os olhos eram muito bonitos. Não gostava tanto assim dos assuntos de suas comunidades, na verdade não entendia nada. Ele não queria admitir pra si mesmo, mas ela era chata. Nem suas belas pernas salvaram a obra, pois, ela caminhava de uma maneira estranha, meio torta.

Após a terrível decepção Diogo aprendeu que no orkut as pessoas podem ser como quiserem e muitas vezes são muito diferentes do que são na realidade. A partir de então procurou conhecer as pessoas pessoalmente antes de ser vítima de uma paixão orkutiana.

Paranóia Coimbrana

Este texto é do David Coimbra e está na Zero Hora de hoje, 31/08/2007. Coloquei aqui porque, além da qualidade, é uma verdadeira paranóia cotidiana.


Em defesa da vaca


Em tempos de Expointer, urge fazer uma pequena reflexão acerca de algumas espécies, como as vacas, as galinhas e as vegetarianas. Atenção! É claro que não quero comparar as vegetarianas às vacas ou às galinhas, embora saiba que, como amantes da Natureza, elas, as vegetarianas, não se ofenderiam com isso. Mas sei que vegetarianas, biólogas e castradores de gatos são muito suscetíveis, levam-se a sério, a gente não pode brincar com eles. Portanto, deixo sublinhado que, para mim, uma vegetariana é muito diferente de uma galinha e até mesmo de uma vaca. No entanto, defende-as, à vaca e à galinha, com todo o denodo, e é esse aspecto que pretendo abordar.


Comecemos pela galinha. Não gosto dela. A galinha é um dos bichos mais feios do planeta, só ganhando, talvez, da girafa. A galinha tem asas, mas não voa; tem pernas, mas não sabe correr. A galinha não morde, não bica ninguém, não tem esporão e nem mesmo canta. A única coisa que a galinha faz com proficiência é botar ovo. Um por dia. O que é muito importante. Certa feita, fui a uma avícola catarinense, em missão jornalística. O que lá vi calou-me fundo na alma, tanto que já escrevi a respeito. Descobri que, só em Santa Catarina, cerca de 1 milhão de galinhas são executadas a cada 24 horas. Pense: se as avícolas catarinenses nunca mais assassinassem galinhas, em dois dias teríamos 2 milhões delas cacarejando pelo vizinho Estado. Em três, quatro milhões. Em oito, a população galinácea equivaleria à humana do Brasil. Em um mês, à da China. Passado um ano, as galinhas ciscariam aos bilhões por toda a Terra!


Agora, a vaca. Ela não é muito diferente da galinha, nos quesitos animação e desenvoltura. A vaca só pasta, o dia inteiro, sem parar. Pasta e pasta e pasta, pachorrentamente. Bovinamente. No entanto, a vaca é grande e forte, pode enfurecer-se qualquer dia desses. Suscita certo respeito, pois. Mas o interessante, no caso, é que a vaca leva uma boa vida. Durante o tempo em que ela rumina nesse Vale de Lágrimas, a vaca come bem, passeia livremente pelos campos e é tratada com carinho. Quando é chegada a sua hora, encontra uma morte rápida e, dizem os pecuaristas, indolor.


Certo. Finalmente chegamos às vegetarianas, categoria pela qual, repito, cultivo sólida admiração. Vi que as vegetarianas fizeram manifestações na Expointer contra o abate de vacas, galinhas e quejandos. Porém, ah, porém, se a proposta delas vingasse, as vacas viveriam livres por aí, sem quem cuidasse delas. Teriam de procurar alimento por elas próprias, como os gnus na África. O que não é fácil. Não existiria tanto pasto disponível para uma vaca sem dono. O gnu sofre. Além disso, as vacas estariam expostas aos predadores, sem haver um único estancieiro que as protegesse.


Quanto às galinhas, seria pior: elas dominariam o mundo. Ciscariam aos bilhões por toda a Terra, consumindo os recursos, atacando homens e vacas e, por que não?, inclusive as vegetarianas tão bem- intencionadas, as biólogas mais formosas e os queridos castradores de gatos. Como num filme de terror. Como num pesadelo. Portanto, embora as vegetarianas gozem de todo o meu afeto, advirto: elas não devem combater a execução de certos animais. Isso pode se voltar contra elas mesmas!

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Música Boa

Afinal, do que uma música deve falar? Sempre me perguntei isso e sempre obtive a mesma resposta, de qualquer coisa. A resposta mais vazia possível foi trocada pela mais completa, Amor. Aham, música deve falar de amor. Não só do amor entre casais, amantes ou simpatizantes. Amor de amigo, de irmão, pela pátria, por um animal, pela vida, pela felicidade, pela tristeza.

Precisei ouvir a resposta de uma pessoa com larga experiência na música (mais de 20 anos, mais de 30 até). Um músico que já tocou pros mais variados públicos nos mais variados lugares. E falou numa roda de viola, assim como se pede um chope. Deu a resposta que eu procurava e talvez por preguiça nunca tinha realmente me esforçado a ponto de conseguir.

Entre belíssimas músicas boêmias ele disse, “o músico deve falar de amor, música boa é a que fala de amor.” Fiquei pensando nesses últimos dias e realmente, as maiores obras da música falam de amor. Não pensei em nenhuma que não falasse. Talvez ele tenha ouvido alguém falar e pensou nisso há muitos anos atrás, como eu ouvi. Gostaria de daqui alguns anos cantar a volta do boêmio, numa roda de viola e dizer isso com a naturalidade com que ele disse. Mas como só arranho uma viola e não canto nada, vou dizendo desde agora: Música deve falar de amor!

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Quanto Vale a Vida?

Quanto vale a vida? Uma cápsula de metal em formato cilíndrico, cheia de pólvora com um projétil na ponta.

Uma passagem de Porto Alegre a São Paulo pela Tam, de preferência num dia chuvoso.

Ou ainda, uma azeitona mal engolida, entalada na garganta.

sábado, 18 de agosto de 2007

Enquanto Isso Em Coronel Bicaco...

Acidente no vôo 3054 da Tam mata 200 pessoas. Terremoto no Peru mata mais de 500. Em Coronel Bicaco: Leão do circo assusta moradores ao rugir durante a noite. Beleza. Mas que beleza.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Pires Simpson



No site Simpsons Movie você pode criar um avatar dos simpsons. Existe até uma opção em que você precisa apenas de uma foto sua que o site cria um avatar a partir da foto. Depois você pode fazer as alterações que quiser. Eis o Pires Simpson.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Dia Mundial do Rock



Hoje, dia 13 de julho, é o Dia Mundial do Rock. Pra falar tudo o que penso, o que é e o que envolve a simples pronúncia dessa palavra eu precisaria de páginas e páginas para descrever. O Rock surgiu nos anos 50 e teve uma trajetória de altos e baixos até chegar aos dias de hoje. Muita vezes sentenciaram a sua morte, mas ele, imortal como é, não nos abandonou.

Certamente o rock já viveu momentos mais gloriosos que o que vive hoje. O final dos anos 60 e início dos 70 foi o ápice dessa história. Dificilmente ele alcançará o nível que teve nesses anos. Na época o rock era um estilo de vida, uma religião, não era feito por dinheiro, a música tinha alma própria. Não existiam os mega-espetáculos. As bandas viajavam de ônibus. Faziam música na estrada na borracheira entre amigos. Os discos eram gravados com a banda tocando junto (O que é ridículo afirmar, pois uma banda é um conjunto, deve sempre tocar junto, mas hoje em dia as gravadoras e os produtores não entendem isso. A única banda que eu tenho notícia que grava junto hoje é a Cachorro Grande).

O que mais gosto do rock é a sua tosquice. As roupas, barbas e cabelos. O estilo dos roqueiros da década de 70 principalmente é horrível. O que me dá mais certeza ainda quanto à sua qualidade. Eles não precisam de belas roupas, de pose de bom moço, não se preocupam em agradar todo mundo. A única preocupação é fazer música da boa. A sinceridade dessas bandas foi o que levantou o rock e fez com que fosse amado durante tantos anos e por tantas gerações.

Pra mim não importa se não existem mais bandas como antigamente, se o rock não é popular ou se não ajuda com as mulheres. Sei que poucas coisas fazem minhas veias pulsarem tanto como curtir bem alto o som do bom e velho rock. É como já diziam os imortais Stones, “it’s only rock and roll, but i like it.”

quarta-feira, 11 de julho de 2007

"El Loco"

Quem diria. “El Loco” Abreu. O mesmo cara que jogou uns três meses no Grêmio e não lembro de ter feito algum gol. Que foi desprezado pelo clube. Arrasado pela crítica esportiva. Ele mesmo. Quase manda o Brasil embora mais cedo. Fez o gol de empate do Uruguai e depois um desaforo naquele pênalti. Não fosse a total incompetência dos uruguaios estaríamos fora. Abreu. El Loco. Quem diria.

*. Ontem assisti um dos vídeos mais legais dos últimos tempos. Uma regravação do The Who, da música “My Generation.” Só que quem está cantando é um grupo de velhinhos, alguns tem mais de cem anos. Muito legal é a ironia da letra que fala, “quero morrer antes de ficar velho.” Pra quem gosta de The Who e entende alguma coisa de inglês é muito engraçado. Achei no blog “Bar do Edney.”

terça-feira, 10 de julho de 2007

Chove Chuva

Choveu, ontem, o dia inteiro e hoje, novamente, o dia inteiro. Não era chuvinha, não era tempestade. Sem muitas trovoadas, porém com algumas. Aquela chuva mestra, que dita o ritmo da vida de todo mundo que ela atinge. Rolou muita água. E por ontem e hoje vivi em função dela. Ontem não saí porque chovia. Hoje não fui ao banco porque chovia muito. Fiquei até mais tarde no trabalho esperando acalmar a chuva. Aluguei um filme porque chovia. Estou escrevendo esse texto porque continua chovendo. Não programei nada para amanhã porque vai continuar chovendo.

Quando a chuva nos ataca dessa maneira passamos a ser reféns dela. Só fazemos o que ela nos permite, dificilmente driblamos a sua imposição. Será que não é esse o prazer de tomarmos banho de chuva? Quando era pequeno eu gostava de tomar banho de chuva. Correr pelas ruas, pisar nas poças, se embarrar, deitar no chão e sentir ela molhar. Ficar ali esperando o resfriado que certamente virá, mas que não fará diferença, pois já terei provado o sabor de um banho de chuva.

Hoje é diferente. Passei a respeitá-la, a temê-la. Em vez do prazer em se molhar, a revolta. Cheguei no trabalho esbravejando. Os pés encharcados me faziam passar mais frio ainda. Imagino frank Sinatra cantando “Singing In The Rain” desfilando na chuva esbanjando bom humor com um largo sorriso no rosto. Esse não respeita a chuva, não teme, chove junto com ela. Olho a chuva batendo na janela e só penso em continuar a admirá-la do interior da minha casa.

Um dia ainda vou tomar banho de chuva novamente, ou não? Não é tão ruim assim ficar em casa, com um bom filme, um aquecedor e uma boa comida. Refém da chuva. Agora, esse Frank Sinatra gostava mesmo da coisa. Acho que nasceu num temporal... Ele sim iria gostar de estar aqui hoje.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Pé Na Estrada

Estou a fim de sair. “Fugir desse lugar, baby.” Me sinto preso aqui. Trabalhando e estudando e com a perspectiva única de... ...continuar trabalhando e estudando. A lógica é de que pelo menos nos próximos dois ou três anos eu continue minha vida no mesmo ritmo seguindo esse mesmo propósito de se formar, trabalhar, aí de repente se consiga mudar de vida, fazer alguma coisa diferente.

Não quero reclamar da vida, mas há algum tempo atrás meus planos e projetos nunca ultrapassavam o intervalo de tempo de um mês. Dando certo ou não, acontecia, no máximo, em um mês. Agora estou medindo o tempo em anos. Isso é absurdo.

Deve ser influência de “On The Road.” Mas a minha vontade era ir embora. Conhecer lugares diferentes, pessoas diferentes, nem que fosse por algum tempo apenas. Esse On the road é um livro que fala justamente disso, meter o pé na estrada e conhecer o mundo sem a preocupação de onde eu vou estar daqui a três anos. Afinal, daqui a três anos eu posso nem estar mais nesse mundo. Imagina se eu trabalho e estudo, trabalho e estudo, trabalho e estudo, e finalmente quando esses longos três anos forem se esgotar eu vou pro beleléu! Estarei perdendo três anos de vida. E o pior, os últimos três anos da minha vida.


É claro que eu não vou viver a vida pensando na morte. Nem penso nisso, pra falar a verdade. Mas essa mesmice, essa estabilidade, essa rotina não faz bem. Ainda bem que entrei em férias agora. Vou ter um mês para sair da rotina ou me convencer em aceitá-la.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Notícias Que Nos Engrandecem

MELANCIA QUADRADA


Para quem gostava do programa do Chaves, já está acostumado com a famosa "bola quadrada" que o Quico tanto pedia ao professor Girafales. Mas a novidade no Japão é a melancia quadrada, artigo de luxo vendido pelo equivalente a R$ 400 no valor mais alto.
Uma vantagem visível é que a melancia quadrada não rola para fora da mesa. E para que mais serve uma melancia quadrada?
Fonte: ClicRbs

terça-feira, 15 de maio de 2007

Geração Viagra

Acabei de ler Memória de minhas putas tristes, do Gabriel García Márquez. Gostei do livro. Conta a aventura de um velho com uma virgem. “No ano de meus noventa anos quis me dar de presente uma noite de amor louco com uma adolescente virgem...”

A história é contada com maestria pelo autor. É uma história. Poucos homens chegam aos noventa anos com, digamos assim, condições físicas de se relacionar sexualmente.

O que eu não contava é com a evolução dos medicamentos. É, a pílula azul é mágica. Imaginem se todos os velhinhos começam a gostar do remedinho!? Não teremos mais a figura fraterna dos vovôs simpáticos, mas sim, velhos loucos e tarados com membros enrijecidos correndo atrás das menininhas.

Isso é preocupante. Exageros à parte, isso vai gerar uma mudança radical de comportamento. Esses remédios devolvem aos homens de idade avançada uma perspectiva que não possuíam mais. O fenômeno pode ter efeitos positivos ou extremamente negativos. Quem duvida que eles não vão estar pela noite enchendo a cara e fazendo sexo sem compromisso, quando, antes, estariam em casa cuidando do jardim e tomando remédio. Prontos para receber e ser amáveis com seus netinhos a qualquer hora do dia.

Cada vez mais alteramos a ordem natural da vida. Isso é demais pra mim. Como já dizia um tal de Raul Seixas, “...pare o mundo que eu quero descer!”

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Em busca do Amor



Vídeo muito legal sobre a "busca do amor" e prevenção.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Tudo Pelo Grêmio




O gasto. A viagem. Os quase quinhentos quilômetros. O almoço apressado. A fila. O estádio lotado. O jogo. Os gols. A Chuva. A torcida enlouquecida. O título. A comemoração. A Bebedeira. A viagem de volta. O cansaço. O pneu furado. A fome. Tudo faz sentido quando, chegando em casa, alguém, acordando desnorteado, sentencia: “Tudo pelo Grêmio!”

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Paranóia da Dengue

Estou passando por mais uma paranóia cotidiana. A da dengue. Ela chegou ao Rio Grande do Sul. Pior, já está na minha região. Boa parte das cidades vizinhas já registraram casos da doença. O negócio é sério mesmo. Antes se ouvia falar da dengue de uma maneira muito distante. Pensava que nunca chegaria aqui. Mas chegou. E o pior é que está se alastrando de uma maneira muito rápida. A tal da epidemia não é brincadeira.

Pelo que sei a doença só é transmitida através do mosquito. O tal de Aedes aegypti. Já estou paranóico. Não posso ver mosquitos. Repelentes e aparelhos elétricos já estão espalhados pela casa.

Esses dias, assistindo um filme tranqüilamente na sala, senti que alguns mosquitos estavam na minha volta. Pronto, se foi a tranqüilidade. A cada passo me sacudia e dava tapas no ar para espantá-los. Tá certo, um pouco de exagero, mas a dengue está aí. Ainda bem que o frio também chegou. Ele inibe o mosquito. Ainda assim não estou tranqüilo. Vai saber. Dá moleza pra ele.

A dengue derruba mesmo. Até mata. Resistimos ao frio, não ao mosquito. Ele não resiste ao frio. Então que venha o frio, amanhã 7°C. Toma mosquito filho da puta!

quarta-feira, 25 de abril de 2007

História de um Furto Trágico

...com o que queria na mão, caminhava vagarosamente fazendo o mínimo de barulho. Estava no quarto, em direção à sala. A casa era grande, não luxuosa. Na estante, troféus. Na parede, fotos de família. Tudo estava saindo como planejado. Precisava somente deixar o local.

No entanto, ele ouve um barulho. Seu coração dispara. Ele não é um profissional. Ele não pode ser visto. Concentrando-se um momento percebe que o barulho é de vozes. Os donos estavam chegando. Num movimento brusco, ansioso pela fuga, bate e derruba um objeto de vidro fazendo barulho. A situação fica cada vez pior. Os donos da casa percebem o invasor. O marido vai entrando e acendendo as luzes enquanto a mulher liga pra polícia.

Nesse momento alguma atitude deve ser tomada. Ela pode ser inteligente ou completamente idiota. Em ambos os casos pode dar certo, ou não. Se fosse um profissional, certamente, tomaria uma atitude inteligente. Mas ele era um novato. Novatos agem por instinto.

O invasor corre para a janela por onde entrou e lembra que está fechada, pois, ridiculamente, ele mesmo, o bandido do século, a trancou. Esquecendo-se de sua incompetência para o crime, ele se lança pela janela, quebrando-a e também a sua perna, já que estava no segundo andar. Sai mancando, gemendo de dor e sem o objeto do furto, o qual deixou cair ao se lançar pela janela.

Moral da história: No crime não há lugar para incompetentes.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Richards

Agora eu tenho certeza. Antes eu ainda tinha esperanças. Elas se foram. Gostaria um dia poder entender a cabeça de um rockstar. No entanto, meu pobre pensamento movido por lógicas não acompanha uma cabeça assim. Keith Richards aos 129 anos de vida ainda consegue me surpreender. E não foi pouco. Retiro. Retiro tudo o que eu disse com relação aos Stones do tipo "eles estão em fim de carreira". Richards que o diga. Se estiver no fim ele começa outra. Esses caras tem mais 50 anos de estrada (assim fica melhor) pela frente. olha só a última do figura.

"A coisa mais estranha que já cheirei?
Meu pai. Cheirei meu pai"

Keith Richards, músico inglês, 63 anos, guitarrista da banda Rolling Stones, admitindo em entrevista à revista britânica NME ter cheirado as cinzas do pai misturadas com cocaína. "Ele foi cremado e não pude resistir (...) Ele não se importaria. Desceu bem". O pai de Richards, Bert, morreu em 2002, aos 84 anos. Assumido consumidor de drogas, o malucão, porém, advertiu os jovens músicos para não copiá-lo e disse que teve sorte de sobreviver: "Cheguei a ser o número um da lista dos Quem Provavelmente Morrerá por 10 anos. Quero dizer, fiquei verdadeiramente desapontado quando saí da lista"


Não adianta. Nunca vou conseguir. Agora eu tenho certeza.

domingo, 8 de abril de 2007

300

Filmes com efeitos especiais, em regra, não estão entre meus prediletos. Apesar de não gostar do estilo do tal "300", confesso que estou ansioso para assistí-lo. Sem falar que temos um brasileiro no elenco do filme. Não é sempre que temos um brasileiro em uma superprodução "roliudiana".

Estava dando uma passada no blog do Inagaki e vi este vídeo que mostra o outro lado dos guerreiros espartanos. Ainda não vi o filme mas o vídeo ficou legal. Debocha um pouco dessa fama dos espartanos.



O David Coimbra também fala de Esparta em sua coluna no Zero Hora de hoje. O texto é bem legal. Como sempre, coloca mulher e futebol no meio.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Paranóias Cotidianas

Crise da Aviação: Pelo menos neste ponto é bom morar no interior. Não tem sequer um aeroporto para estar em crise. Sem aeroporto, sem atrasos, sem caos. Muito pelo contrário, tudo extremamente tranqüilo. Até demais...

Profissão Professor: Comecei hoje com as aulas do treinamento. O estranho é que me sinto bem na condição “professor”(apesar de não dominar plenamente o conteúdo). Tão bem que já estou pensando em realizar uma greve, já que, estou com um dia de atraso no meu salário. Hehehe. Nada contra os professores. Lembrei disso porque ontem foi realizado um protesto dos professores aqui. Não condeno todos, mas a verdade é que a maioria não presta nem pra coçar o saco, a única atividade que realizam nas escolas.

quarta-feira, 28 de março de 2007

De volta

Após um curso de onze dias, volto à rotina. Agora preciso recuperar as aulas, os trabalhos, estou cheio de faltas e ainda preciso dar um curso. Beleza.

No tempo em que estive confinado no hotel senti falta da internet e dos jornais. Os computadores estavam sempre lotados. Raramente conseguia dar uma olhadinha. Senti falta de informação e de tempo para postar alguma coisa no blog.

Percebi que a vida sem internet não é vida. O mundo girando, as coisas acontecendo e eu lá, sem internet. Desconectado do mundo. Foram dias difíceis. Mas agora passou. No entanto, com o trabalho, está ficando mais difícil postar diariamente. O ócio é o alimento da arte. Antes, de férias, sem trabalho e sem aulas estava uma beleza, agora o tempo é cada vez mais apertado, cada vez mais curto, como agora que estou conseguindo escrever este post. Na verdade eu queria escrever bem mais, estava com saudade, mas o tempo é cada vez mais curto e não consigo escrever tudo o que eu tinha em ment...

quarta-feira, 7 de março de 2007

Desenhos

Sou um péssimo desenhista. Minha técnica favorita é a dos palitos. Aquela em que pra se desenhar uma pessoa você utiliza cinco traços e um círculo. Depois você faz o cabelo conforme homem ou mulher.

Esse cara não. È bom mesmo. Desenhou um dos personagens do seriado “Lost” num programa de computador. É impressionante o número de traços, cores e ferramentas que o cara usa. Ficou perfeito. Já estou quase aprendendo. Daqui uns dias mostro o desenho que vou fazer.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Bom Começo

Sempre que as aulas recomeçam entro meio perdido. As minhas recomeçaram semana passada. Dessa vez entrei bem perdido. Quando cheguei na faculdade não sabia a disciplina e a sala de aula então muito menos. Meus problemas quase foram resolvidos quando avistei uma grade das disciplinas com as salas fixada na parede. De trezentas e cinqüenta e quatro, as probabilidades se reduziram pra duas. Não precisa contar que eu, obviamente, escolhi a errada. Caso contrário nem estaria escrevendo isso. Ninguém conta que foi pra aula e acertou a sala onde tinha aula.

Cheguei na sala, a maioria dos alunos eram meus colegas no semestre passado. Esperamos o professor. Ele chegou e foi fazer a chamada. “...Tiago Gubiani, Tiago Segatto, Vanessa. Alguém não foi chamado? Eu, Tiago Pires de Oliveira.” Ele falou que meu nome não constava no caderno e disse pra mim ir até o departamento verificar isso. Fui sabendo que estava na sala errada. Depois que me confirmaram o óbvio, cheguei na sala com o rabinho entre as pernas. Peguei minhas coisas e fui pra sala correta pegar o resto de aula que ainda tinha.

Lembro uma vez que um cara ficou três semanas “estudando” na sala errada. O pior é que era uma aula de outro curso. Esse sim estava perdido. Era meio “lerdo” como diz minha avó. Eu aumento, mas não invento.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Boas Lembranças


Estava lembrando agora que há um ano (21 de fevereiro de 2006), um pouco mais na verdade, estava no show dos Stones em Buenos Aires. Apesar do carnaval e todas as festividades que enfrentei neste início de ano, ingresso com déficit em 2007.

Foi uma das viagens inesquecíveis que fiz. Toda vez que lembro sinto um misto de êxtase e depressão. Pelo que foi e foi muito bom e por já ter sido e não estar sendo. A viagem, a cidade de Buenos Aires, os amigos, o estádio lotado, a loucura dos castelhanos, a ginga de Mick Jagger, a grande figura Keith Richards, a irreverência de Wood e a elegância de Charlie Watts. Tudo parece tão perfeito que tenho a sensação de que poucas coisas realmente valeram a pena como esta viagem. E pior é a sensação de que nunca mais farei uma viagem como essa.

Quando estava me preparando para ir ao show estava feliz, mas tinha aquele pensamento de que eles já não eram os mesmos, que já não tinham aquele espírito rock and roll do início da carreira. Mas isso até o primeiro acorde de jumping jack flash. Esqueci tudo. Tudo ficou pra trás. A partir de então era só eu e eles. Ou melhor, a massa e eles. Porque nesse momento eu já fazia parte da massa, que era dominada com extrema naturalidade por Mick Jagger. Os olhos grudados no palco apesar do calor sufocante e da loucura dos argentinos.

Em um momento do espetáculo Richards chegou ficar com os olhos marejados enquanto a multidão gritava seu nome. Pode bem ter sido marketing. Mas eu não me importava mais, chorei junto com ele enquanto gritava seu nome com toda a força de meus pulmões. Parecia um garotinho apaixonado implorando o amor impossível de uma mulher mais velha, se o amor dela não é verdadeiro pouco importava o meu era.

Após o show a realização era total. Por algum tempo até esqueci que tudo já havia passado e dali em diante seriam só lembranças. Essa relação estrela-fã é meio complicada, às vezes me sinto um idiota de me emocionar enquanto eles ganham um monte de dinheiro. Mas independente do espírito com que eles fizeram o show eu me realizei. Não sei se conseguirei repetir isso. É como a propaganda, essa é uma das coisas que o dinheiro não compra, ou compra?

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Contos de Carnaval II

Márcio era um espetáculo, um show man. Principalmente no carnaval. Era o seu momento. Todos paravam para vê-lo. Um cara diferenciado. Era querido o ano inteiro, mas durante o carnaval, idolatrado. Era o seu chão, seu palco, seu habitat. Era espontâneo, criativo, ousado. Uma criatura carnavalesca. Era Márcio.

Sempre bebendo, fumando e dando show. Nunca foi muito bem com as mulheres. Nem por isso era criticado. Ele não mistura negócios com prazer, justificava algum de seus fãs incondicionais.

Aquele carnaval não havia começado diferente. Não aparentemente. Márcio exalava alegria e loucura. No entanto, havia algo estranho com ele. Algo não sabido pelos companheiros foliões. Nem ele sabia, na verdade, o que estava acontecendo. Desfilava entre as pessoas exibindo sua dança e suas brincadeiras. Sua companhia era disputada. Todos queriam estar ao lado de Márcio.

Na primeira noite, para surpresa de todos, ele não apareceu. Durante a tarde, brilhante, à noite, nada. Seu espetáculo havia acabado num único ato. No outro dia começou a festa cedo. Poucos perguntaram o motivo de seu sumiço. Afinal, ninguém questionava Márcio, ainda mais no carnaval. Esteve presente na segunda noite. Poucos o viram. Na noite não era tão disputado. Deu um curto espetáculo e passou o resto da noite bebendo pouco e caminhando pelo salão.

Aquela foi a única noite daquele carnaval que Márcio esteve presente. Em todas as outras ficou em casa. Fazendo a sua parte durante o dia e de noite ficava em casa. Alguns o questionaram, outros o defenderam. O carnaval não era mais o mesmo, ele esta ficando velho, era algumas das explicações dadas por seus companheiros. Mas, na realidade, ninguém compreendia o que estava acontecendo com ele.

Márcio não era uma pessoa comum. Era um dos últimos exemplares de uma geração antiga voltada para o carnaval. Uma criatura carnavalesca. E essas criaturas não se compreendem e não são compreendidas. Não neste mundo, não nestes carnavais.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Voltarei

Compromissos, compromissos, compromissos. Antes era o carnaval. Agora um curso. Antes era lazer. Agora não. Mas é a vida. Vai ser cansativo. Mas nem tanto. Não se considerarmos a estadia num hotel cinco estrelas (com tudo pago), as cinco refeições diárias, a piscina, o salão de jogos, as colegas de curso (de excelente gabarito), as diárias...

Tá bom. Vai ser suportável. Vou ter alguma coisa para fazer nos intervalos do curso. Provavelmente terei de sumir alguns dias. Mas estarei bem. Levarei roupas, escova de dente, perfume, preservativos...

Mal vai ficar você. Abandonado, na verdade. Mas são poucos dias. Coisas da vida. Sair da rotina. Ultimamente, com exceção do carnaval, tenho me dedicado a você. Está sempre atualizado. Com videozinhos e textinhos. Tá certo que muitas vezes escrevo bobagens. Mas é como o nosso trato lá no cabeçalho, “...bons textos, péssimos textos...”, faço o que posso.

Por favor, me entenda. Seja um blog compreensivo. Receba bem as visitas. Seja hospitaleiro. E explique a minha ausência. Até quarta-feira.

Pires

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Contos de Carnaval I

Toninho era assim. “Ihno” até no nome. Apaixonado pela Vivian. Vivian, até antão não tinha conhecimento da existência de Toninho. Afinal, Toninho era... ...inho. Naquela noite de carnaval ele já havia ensaiado uma chegada em Vivian. Uma não, várias. Vivian não. Ela era soberana na noite. Muitos haviam se aventurado mas nenhum saiu vitorioso. Era chegada a hora. Toninho não poderia esperar mais. Mas a cada fracasso de seus rivais. Toninho ficava cada vez mais “inho”. Não importa.

1ª Tentativa
- Oi Vivian, eu sou o To... (empurrão de Vivian) ...ninho.
Toninho, apesar de abatido não desistiria tão fácil.

2ª Tentativa
Vivian vinha na sua direção. Na frente dela mais duas amigas. Vinham em fila. As amigas passaram bem próximas do Toninho.
- Oi, eu preciso falar... (indiferença de Vivian) ...contigo.
Toninho foi ironizado pelos amigos. Até chamado de frouxo. Frouxo era demais.

3ª Tentativa
Toninho estava revoltado. Zombaram de seu sentimento. E tudo era culpa dela. Agora estava em dívida com sua reputação. Ele não se chamava mais Toninho. Agora era diferente. Tonhão entrou em campo. Vivian dançava com suas amigas. Tonhão lançou um olhar para Vivian. Hipnotizou a presa com sua fúria. E, num bote certeiro, agarrou-a pelo braço.
- Vem aqui com o To... (Vivian, sem ação, se rende ao beijo) ...nhão. (ela sabia que era “nhão”).

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

De Volta ao Mundo Real

Fim de carnaval, fim da ressaca, estou pronto para outra. Mas nada como voltar a rotina. Rotina musical. Depois de ouvir tanto axé, nada como ouvir o som do bom e velho blues. Cordas vibrando ao movimento do “slide”. Ah, isso é mais do que música é terapia. Esse vídeo mostra o doce movimento das cordas produzindo o mais belo dos sons. Axé só o ano que vem, graças a Deus.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

É Carnaval!



Carnaval. Samba, mulher (quase) pelada e bebida. Não é por nada que sou um amante dessa “festa profana”. Antes dela uma última postagem. Depois entraremos em recesso. Até o final do carnaval (ou da ressaca).

Carnaval é festa. E se tem uma coisa que os brasileiros fazem bem é festa! Crise, político dobrando salário, conta pra pagar, taxa de juros, educação medíocre, superlotação de presídios, crise energética, floresta amazônica desmatada, fome, miséria, doença, violência, neguinho levando criança de arrasto no carro... Tudo digerido rapidamente pelos brasileiros quando chega o carnaval.

Não sou diferente. Vou encher a cara. Pegar mulher. Dar risada. Fazer bem o que melhor fazemos. Festa. Digerir rapidamente tudo isso. Afinal, sou brasileiro. E é Carnaval!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Futebol Versus Pára-Quedismo (Sem Pára-Quedas)

Achei que o futebol era um esporte seguro. Isso até sábado passado quando me machuquei jogando no “Várzea Champions League”. Não havia jogado o último jogo, entrei com todo gás. Acho que me empolguei um pouco querendo mostrar serviço pro treinador. Foi lá pelos dez minutos do primeiro tempo. O atacante jogou a bola na frente e eu, com o vigor de um mamute, entrei de carrinho no cara. Não sei se foi uma torção ou o cara caiu em cima (do joelho), sei que dali em diante cada vez que eu corria parecia que meu joelho iria saltar fora. Segunda feira eu queria ir ao médico, mas acabei indo numa “arrumadeira”, aconselhado por minha mãe. Até que não foi tão ruim como eu pensava.

Até aí nenhuma desgraça. A desgraça foi saber do tal maluco que caiu de mais 3.600m e machucou o tornozelo. Pô, o que Deus tem contra mim. Tudo bem, estou aqui vivo, tenho casa comida e roupa lavada. Mas eu “caio” de uma altura de menos de um metro e machuco o joelho. O cara cai duma altura de mais de três quilômetros e tá aí dando entrevista e ganhando dinheiro com o vídeo que gravou (bah! o cara ainda filmou).



Só pode ser perseguição. Vou ser pára-quedista daqui pra frente. E sem pára-quedas. Só preciso de um avião e uma câmera. Vou tirar a limpo essa história. Só falta eu quebrar a perna, aí eu to ferrado. Perigoso é o futebol.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

A humanidade é Desumana



Não gosto de escrever sobre coisas tristes. Não que eu fique alheio a elas, mas simplesmente prefiro assuntos mais alegres. No entanto, com toda a repercussão na mídia e diante da insana crueldade do fato falarei sobre o caso do menino que foi arrastado por um carro.

Tudo isso me faz pensar na sociedade, no mundo onde vivemos. A sensação é que cada vez a situação fica pior. Às vezes me pergunto como vai ser o mundo em que meus filhos viverão.

Gostaria que alguém explicasse o que leva uma pessoa a levar arrastado pelo carro um menino de seis anos em um trecho de sete quilômetros. Mas isso é totalmente inexplicável. Uma pessoa que tem família, valores ou um mínimo de sanidade mental não consegue explicar tal fato. Que ameaça representa uma criança de seis anos? E o que mais me fez “perder as esperanças”, foi quando li que os bandidos não estavavam arrependidos do que fizeram.

Soluções práticas ou milagrosas, diminuição da menoridade penal, prisão perpétua, pena de morte, distribuição de renda, projetos sociais, educação, respeito... Nada me parece fazer sentido diante da brutalidade do fato, a única coisa que consigo pensar é que somos animais mesmos, a humanidade é desumana.

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Lições de Vida

*. Tenho dificuldade em escrever diálogos. Aqueles diretos, com o travessão. Não sei por quê. Só sei que não gosto. Como na vida sempre é importante quebrarmos esses pequenos tabus cotidianos, resolvi enfrentar.

- Quem? O Armando?
- Sim, o Armando. Eu te falei que ele tava diferente nos últimos tempos.
- Ta bom, pode ser. Mas pra fazer isso deve estar muuuuuito diferente!
- Pois é, não me engano com as pessoas. Quando alguém está diferente eu percebo.
- Confesso que não consigo acreditar nisso. O Armando sempre foi um cara muito tranqüilo, muito sereno.
- As aparências enganam. E quem me contou essa foi o Nogueira.
- É, então deve ser verdade. O Nogueira não mente. Mas na igreja! Achei que o Armando nunca tivesse ido na igreja.
- Mas nunca tinha ido, não naquela. O Nogueira me disse que o viu de tarde, estava chorando, correndo atrás de uma velhinha achando que era sua falecida avó.
- É, não tava nada bem.
- Não mesmo. O Nogueira tentou falar com ele mais tarde mas ele só falou algo como “aaahhhhhhhhh numpodeta osssshhhim bebêêêê”, seguido de longas risadas. Depois ele fez aquilo na igreja. Nem acredito. Tomar o microfone do pastor.
- Logo o Armando.
- É, logo o armando.
Naquele dia Armando aprendeu a nunca se meter com o pastor. Não dentro da sua igreja, não durante a sua missa, não tomando o seu microfone e proferindo palavras obscuras, encaradas pelos fiéis como sendo demoníacas. E o Nogueira nunca mais apostou com Armando duvidando que ele faça alguma loucura.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Viva o Lado Coca-Cola da Vida!

Admiro quem não toma coca-cola. Ou só toma light (arrrrg). Sou dos que idolatram o sagrado líquido. Nada como encher o copo e sentir o líquido espumando e fazendo o gás emergir das profundezas do líquido preto. Depois o momento da degustação é uma experiência única. Cada vez que provo parece ser a primeira e última vez que estou ingerindo.

Além do sabor inimitável, como o nosso rei, o apelo comercial da coca-cola é muito forte. Agora é esse slogan: “Viva o lado coca-cola da vida”. E ainda tem gente que não se rende a sagrada bebida. Depois de assistir a este vídeo então, fiquei ainda mais devoto.


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Lugar Estranho

Ele abriu os olhos. Olhou em volta. Estava em um lugar estranho, desconhecido. Não se lembrava da noite anterior. Apenas, que bebeu muito. Sua boca estava seca como se houvesse comido terra. Um quarto bagunçado com uma TV ligada, mas sem volume. A ausência de móveis, além da cama, era perturbadora. O quarto era grande. Suas roupas estavam pelo chão como se houvessem sido arremessadas com fúria. Ele estava totalmente nu. Próximo à cama havia uma garrafa de vodka vazia. Ao seu lado, uma pessoa com o rosto coberto.

Levantou-se com cuidado. Foi vagarosamente até a porta. Saindo do quarto viu todos os móveis empilhados, alguns caídos no chão juntamente com outra garrafa de vodka. Haviam restos de comida pelo chão. Ele estava em pânico. Tentava se lembrar como havia chegado ali. Lembrava do dia anterior. Foi um dia normal, acordou havia trabalhado, mas a noite era uma incógnita.


Voltou ao quarto, recolheu suas roupas e as vestiu. Passando por toda aquela zona se sentia mal por não saber onde estava. Ao abrir a porta para sair, percebeu que o corredor do prédio era familiar. Para a sua surpresa, a porta do seu apartamento estava na sua frente. Sem entender muita coisa pegou as chaves e entrou. Na entrada havia um bilhete escrito: “Não esqueças que vai me ajudar com a mudança como prometeu”. Era da nova vizinha. Novas vizinhas sempre dão muito trabalho.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Os gaúchos e o Bairrismo

Bairrismo: qualidade ou ação de bairrista.
Bairrista: pessoa que só considera como pátria o Estado natal, menosprezando tudo que se relaciona com os outros Estados.

Ah Cláudia Leite! Se você tivesse lido meu texto (esse texto) antes de sua apresentação no Planeta, não teria falado tanta merda e o show teria sido um sucesso. No último final de semana realizei um “mini-veraneio”. Fui pra Capão da Canoa, litoral norte do Estado. Nem tanto pela praia, mas sim pelo Planeta Atlântida. Estava meio fora de forma e precisava dar uma esquentada para o carnaval.

Eu não sou muito ligado em “axé music”. Mas confesso que estava curioso pra assistir ao show da Babado Novo. Cláudia Leite é um espetáculo, pensava eu. Sem falar que o grupo tem alguns “hits” que estão tocando bastante. A festa estava boa, os shows agradáveis até a hora da banda em questão. Que começou bem. Estavam animando a galera.

Mas como diz o ditado, o peixe morre pela boca. Toda banda faz o seu marketing. Cada uma tenta conquistar o público do seu jeito. Mas Cláudia Leite, definitivamente, não conhece os gaúchos. Não quero ser duro com a moça, até acho que não foi de má-fé. Mas a “simpática” cantora deu uma mancada quando falou dos mandamentos dos “planetários”. Um dos mandamentos, segundo a cantora, era achar ela a mulher mais bonita e mais gostosa do planeta. Eu não sei se ela estava meio carente. Ou se tinha algum complexo de inferioridade. Porque no Rio Grande não se anuncia mulher bonita, isso nós temos pra exportação. Se na Bahia não tem ou é pouco, o problema é deles. Mas enfim...

Outra pérola da moça foi falar em transformar o Rio Grande do Sul na Bahia. Sinceramente este não é um bom discurso. Não no Rio grande do Sul, pelo menos. Se eu preferisse a Bahia, estaria lá e não aqui, pensei. Ainda b em a infeliz tentativa foi logo abafada por um grito de: “Ah, eu sou gaúcho!”.

Não quero estar sendo bairrista, até porque acho a Ivete Sangalo uma simpatia. Mas após o balde de merda jogado nos ouvidos saí dali e fui procurar um lugar sem Cláudia Leite. Posso estar sendo cruel com ela. Mas gaúcho é bairrista mesmo.
*. Que fique claro que acho ela gostosa pra caralho, mas...

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Estamos Crescendo!



Sim, o Paranóia Cotidiana está crescendo. Recebeu um link no “Pensar Enlouquece” do Alexandre Inagaki, um dos maiores e mais famosos blog’s do Brasil. Ta certo que é um link temporário, na verdade só vai durar esta semana. Mas em um blog que recebe mais de mil visitas por dia ajuda bastante. Os acessos já estão aumentando. Mais alguns dias e dominaremos o mundo!

Ta bom, não é pra tanto.

Estava na praia quando “recebi a notícia”. Há alguns dias atrás enviei um email pro Inagaki. Falei que tinha um blog e pedi pra ele dar uma olhada e tal. Quando fui ver meus emails e havia um dele fiquei feliz só por ele ter me respondido. E foi rápido. O cara é muito gente fina. Falou um pouco do blog, me deu umas dicas e falou que havia incluído o Paranóia Cotidiana entre os blogs da semana.

Ainda estou emocionado. Dêem uma passada lá. Vejam o link no lado direito. Cliquem nele e voltem pra cá, mas olhem logo por que é só essa semana, depois não venham me dizer que estou mentindo.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

O Tal Carpinejar

Estou revoltado com o Carpinejar. O cara é muito bom. É bom mesmo, saca? Cada vez que entro no seu maldito blog e leio aqueles textos carregados de poesia, eu fico revoltado. Não que o cara xingue a minha mãe, longe disso, se ela lesse os textos dele era capaz de se apaixonar por ele e me deixar mais revoltado ainda. Fico revoltado por ele me jogar na cara o que até um rinoceronte cor-de-rosa sabe, que eu nunca vou conseguir escrever como ele. O cara pega qualquer coisa (que pra mim e pra 99,999... % da população é sem significado) e transforma em poesia.

Eu tava lendo a história do diabetes. É uma doença. Isso todo mundo sabe. Até eu. Mas o cara vê além. Eu só conseguiria ver desgraça. Imagina o cara nunca mais poder comer doce. Tomar só coca-cola light (agora peguei pesado né!?). Eu iria reclamar da vida e me sentir um lixo inútil que não é capaz de tomar uma garrafa de coca e dar um arroto sem desmaiar e arriscar morrer. Mas ele não, não o Carpinejar. Ele faz aquilo tudo, toda essa desgraça se transformar em poesia. É o lance do Lavoisier, ele transforma.

“O açúcar é a infância que não mais terei. O açúcar me roubou os doces de meu aniversário.”

O que tem a ver o açúcar com a infância? São os doces, diz Carpinejar. Claro, agora que ele escreveu tem tudo a ver. Mas eu nunca pensaria nisso. Açúcar pra mim é um pó branco que a gente coloca na caipirinha. Muito parecido com o sal, só que esse a gente usa pra tomar tequila.
O bom dessa história é que eu posso “externar a minha indignação”, sem peso na consciência. Ele nunca vai ler isso aqui. Nunca vai acessar meu blog, onde o meu assunto é a sua superioridade. Eu te odeio Carpinejar!

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Novamente BBB!

Com mais uma edição do nosso “querido” Big Brother Brasil, resgatei uma crônica que escrevi ano passado e que estava no meu antigo blog.


Fica o gordinho!


Esses dias atrás, voltando da faculdade, tava passando Big Brother na tv do bus. Eu nem lembrava mais da existência do educativo programa. Era dia de eliminação. A imagem da tv tava péssima e eu não escutava nada do som. Só sei tava um gordinho nordestino. Eu acho que era nordestino porque tinha uma cara de sofrido. E um careca metido a boa pinta.


Logo de cara, com minha longa experiência em BBB, percebi que o gordinho não iria sair. Primeiro porque ele tinha uma cara de que “era pobre e precisava do dinheiro” e brasileiro sempre ajuda a quem precisa, pelo menos no BBB.


Já o careca tinha o olhar firme, com um ar de segurança o que não caracteriza uma pessoa que precisa do prêmio.


Ah! Dei a letra na hora: “fica o gordinho!” E durante esse espaço de tempo em que eu fazia a análise dos concorrentes, um grande tumulto e discussão rolava entre os viciados em BBB. Principalmente porque o bus já se distanciava de Ijuí e a imagem começava desaparecer completamente enquanto o Bial anunciava mais um dos cento e noventa e sete intervalos comerciais que eles fazem pra deixar o espectador morrendo do coração.


Mas eu não. Eu tava tranqüilo: “Fica o gordinho!” os que acompanhavam o programa a mais tempo replicavam: “não sei não o careca é um dos mais fortes!”. Os fãs do gordo vibravam: “Claro ele vai ganha! Esse BBB já tem campeão!”


Quando a imagem voltou o Bial não parava de falar enquanto as câmeras filmavam os dois, que por sua vez ficavam com cara de bobos na frente da tv. Até que enfim resolvem dar o resultado e... ...a droga da TV... ...saiu fora do ar de novo. Todo mundo indignado, alguns já estava desistindo e virando a cara pro lado pra dormir. Até eu que já sabia o resultado estava me irritando com a situação. Na hora que a imagem volta já estão se abraçando e o perdedor já ia se dirigindo à porta dos derrotados.


“Eu já sabia: fica o gordinho!”
*. Esse ano não deve ser muito diferente asim como no ano que vem e quem sabe no outro, e no outro, e... Programa de qualidade é outra coisa.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Cicarelli, You Tube, MTV

Cicarelli em alta novamente. Não bastou a polêmica pelo vídeo, agora o bloqueio do you tube. Sei que comento com um pouco de atraso, mas ninguém lê esse blog mesmo. Dessa vez quem está pagando o pato é a MTV. Está circulando no you tube (que ironia) um vídeo com um protesto em frente à MTV, tão ridículo quanto a programação da emissora.

Um bando de retardados exigindo um pedido de desculpas da apresentadora ou a sua demissão da emissora. Os revoltosos adolescentes criaram até um site propondo um boicote à apresentadora e à MTV.

Assistindo ao vídeo eu não entendi direito (e acho que nem eles entenderam) por que, de fato, estão revoltados e por que o boicote à MTV? Estão revoltados por que a Cicarelli deu na praia, por que não usou camisinha, por que entrou com um processo contra a divulgação do vídeo ou por que o juiz foi infeliz na sua decisão?

Acho que em nenhum dos casos caberia um protesto contra a emissora. Mas em se tratando de adolescentes desprovidos de cérebro, a MTV está pagando pelo que faz. Esses mesmos que organizaram o tal protesto e os que o apóiam no resto do Brasil foram criados pela MTV. Ela que fornece a merda que entope a cabeça e toma o lugar do cérebro de boa parte dos adolescentes brasileiros. O melhor de tudo era ver um diretor e um apresentador dando explicações (ou tentando dar) de que a emissora não tem nada a ver com isso, o que os “protestantes” entenderiam com facilidade se ainda dispusessem de algum senso crítico ao invés da merda que a MTV enfia em suas cabeças.
No final achei válido o protesto só por ver a MTV numa saia justa com seu “selecionado público”. Aqui se faz, aqui se paga emetevê.