quarta-feira, 25 de abril de 2007

História de um Furto Trágico

...com o que queria na mão, caminhava vagarosamente fazendo o mínimo de barulho. Estava no quarto, em direção à sala. A casa era grande, não luxuosa. Na estante, troféus. Na parede, fotos de família. Tudo estava saindo como planejado. Precisava somente deixar o local.

No entanto, ele ouve um barulho. Seu coração dispara. Ele não é um profissional. Ele não pode ser visto. Concentrando-se um momento percebe que o barulho é de vozes. Os donos estavam chegando. Num movimento brusco, ansioso pela fuga, bate e derruba um objeto de vidro fazendo barulho. A situação fica cada vez pior. Os donos da casa percebem o invasor. O marido vai entrando e acendendo as luzes enquanto a mulher liga pra polícia.

Nesse momento alguma atitude deve ser tomada. Ela pode ser inteligente ou completamente idiota. Em ambos os casos pode dar certo, ou não. Se fosse um profissional, certamente, tomaria uma atitude inteligente. Mas ele era um novato. Novatos agem por instinto.

O invasor corre para a janela por onde entrou e lembra que está fechada, pois, ridiculamente, ele mesmo, o bandido do século, a trancou. Esquecendo-se de sua incompetência para o crime, ele se lança pela janela, quebrando-a e também a sua perna, já que estava no segundo andar. Sai mancando, gemendo de dor e sem o objeto do furto, o qual deixou cair ao se lançar pela janela.

Moral da história: No crime não há lugar para incompetentes.

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