sexta-feira, 2 de maio de 2008

Josef Fritzl



Uma face nunca me engana. Mostra-me tua face que te direi quem és. Confesso que possuo esse dom. Deveria trabalhar na polícia, na área de investigações. Se estivesse encarregado do caso do desaparecimento da filha do senhor Fritzl, Josef Fritzl (nossa! Até o nome apavora), ela não teria ficado presa por mais de dois meses.

Aquela face não me engana. É a face do mal. Uma pessoa com aquele rosto não pode ser boa. Imagine o rosto de Chico Buarque. Ele é um cara educado, charmoso, escreve belas canções, isso todo mundo sabe, ou quase todo mundo. Mas somente olhando pro seu rosto se vê que não existe maldade na pessoa. Josef não. È diferente. Aquelas sobrancelhas inclinadas não enganam. O bigode fino. O cabelo arrepiado de louco. E os olhos... Veja o sangue nos olhos. Definitivamente esse cara não é uma boa alma.

Nesse ponto posso parecer preconceituoso (talvez realmente o seja), mas o fato é que faço julgamentos pela face de uma pessoa, na verdade todos fazem. Barba grande, por fazer, bem feita. Cabelo comprido, curto, penteado, descabelado. Sobrancelhas finas, grossas, inclinadas ou retas. Malditas sobrancelhas essas me despertam um sentimento curioso. Os olhos. O formato da face. Mas o que me remete a essas divagações é uma teoria penal formulada por um médico italiano chamado Cesare Lombroso. Em sua obra o italiano afirmava que existia um tipo de criminoso típico que poderíamos determinar por suas características físicas, altura, tamanho do crânio, dos braços et caterva. Para ele, o criminoso verdadeiro é uma variedade particular da espécie humana, um tipo definido pela presença constante de anomalias anatômicas e fisio-patológicas. Conheci vários advogados que afirmam conhecer o criminoso por essas características.

Claro que usar essa teoria no Direito Penal hoje em dia seria inadmissível. Não se pode condenar alguém somente pela sua aparência. É completamente irracional. Preconceituoso.

Voltando ao caso do Josef, não sei qual era seu disfarce social. Deveria ser muito bom pra ninguém desconfiar por todos esses anos. Mas ainda assim tenho certeza que pegaria esse cara se estivesse encarregado do caso. Aquelas sobrancelhas não me enganam. Conheço uma pessoa má, como Lombroso conhece um criminoso. Só pela aparência. Pelos conceitos pré-formulados. Pelo preconceito.

3 comentários:

Grazi Sperotto disse...

Nossa senhora! Dá medo só de olhar pra foto desse louco!
Faz muito sentido todas esse teu modo de ver as coisas sim! Eu também conheço as pessoas pelo olhar, às vezes me engano,mas quase sempre estou certa!
Seria mais fácil se todos os psicopatas tivessem cara de mau né! Já um com cara de anjinho passa por santinho umas trocentas vezes, aí complica, hehe
Boa semana, bjos

Pires disse...

Certamente seria mais simples. Apesar do preconceito, admito que erro poucas vezes.

many disse...

Menina, vai la no meu blog, que eu pensei a mesma coisa, mas, ainda colei uma foto de um sósia!

esse é o link: http://submissa.wordpress.com/2008/06/10/super-freak/

Beijos
Many