sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Promessas

Início de ano é tempo de promessas. As pessoas prometem como doidas. Melhorar no trabalho, como pessoa, a alimentação, a aparência... Não faço parte desse time. Não sou de promessas. Tenho apenas desejos eivados de pessimismo. Queria postar regularmente neste blog e largar alguns vícios e manias. No entanto, sei que dificilmente isso irá acontecer.

Quem promete se obriga. Não prometo, desejo. Como já disse o grande conquistador: “A melhor maneira de manter a sua palavra é não a dar” (Bonaparte, Napoleão).

O negócio da promessa, assim como do pedido aos santos, é a esperança. Promessa mexe com esperança. A esperança de que aquilo vai se realizar. De que você vai cumprir. De que os santos vão dar conta pra você. Por isso que brasileiro promete tanto. A verdade é que o ano muda, mas a vida não. A situação é a mesma. Mas a ilusão da mudança muitas vezes já basta.

E a esperança é um sentimento desgraçado. É o último que morre. Nem o amor dura mais do que a esperança. Ela incomoda. Não sou contra ela. Pelo contrário tenho esperança em várias coisas. No entanto, em várias outras eu já a perdi. Procuro separá-la do desejo. Tenho desejo de um dia ficar milionário, de ser um astro do rock, de ser o maior escritor da face da terra, de que o Lula melhore o país. Desejo, não espero.

Procuro ter esperança sem me iludir. Mantenho minha palavra. Ao contrário do que parece, sou otimista. Apenas fujo das promessas. Odeio promessas.

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