quarta-feira, 28 de março de 2007

De volta

Após um curso de onze dias, volto à rotina. Agora preciso recuperar as aulas, os trabalhos, estou cheio de faltas e ainda preciso dar um curso. Beleza.

No tempo em que estive confinado no hotel senti falta da internet e dos jornais. Os computadores estavam sempre lotados. Raramente conseguia dar uma olhadinha. Senti falta de informação e de tempo para postar alguma coisa no blog.

Percebi que a vida sem internet não é vida. O mundo girando, as coisas acontecendo e eu lá, sem internet. Desconectado do mundo. Foram dias difíceis. Mas agora passou. No entanto, com o trabalho, está ficando mais difícil postar diariamente. O ócio é o alimento da arte. Antes, de férias, sem trabalho e sem aulas estava uma beleza, agora o tempo é cada vez mais apertado, cada vez mais curto, como agora que estou conseguindo escrever este post. Na verdade eu queria escrever bem mais, estava com saudade, mas o tempo é cada vez mais curto e não consigo escrever tudo o que eu tinha em ment...

quarta-feira, 7 de março de 2007

Desenhos

Sou um péssimo desenhista. Minha técnica favorita é a dos palitos. Aquela em que pra se desenhar uma pessoa você utiliza cinco traços e um círculo. Depois você faz o cabelo conforme homem ou mulher.

Esse cara não. È bom mesmo. Desenhou um dos personagens do seriado “Lost” num programa de computador. É impressionante o número de traços, cores e ferramentas que o cara usa. Ficou perfeito. Já estou quase aprendendo. Daqui uns dias mostro o desenho que vou fazer.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Bom Começo

Sempre que as aulas recomeçam entro meio perdido. As minhas recomeçaram semana passada. Dessa vez entrei bem perdido. Quando cheguei na faculdade não sabia a disciplina e a sala de aula então muito menos. Meus problemas quase foram resolvidos quando avistei uma grade das disciplinas com as salas fixada na parede. De trezentas e cinqüenta e quatro, as probabilidades se reduziram pra duas. Não precisa contar que eu, obviamente, escolhi a errada. Caso contrário nem estaria escrevendo isso. Ninguém conta que foi pra aula e acertou a sala onde tinha aula.

Cheguei na sala, a maioria dos alunos eram meus colegas no semestre passado. Esperamos o professor. Ele chegou e foi fazer a chamada. “...Tiago Gubiani, Tiago Segatto, Vanessa. Alguém não foi chamado? Eu, Tiago Pires de Oliveira.” Ele falou que meu nome não constava no caderno e disse pra mim ir até o departamento verificar isso. Fui sabendo que estava na sala errada. Depois que me confirmaram o óbvio, cheguei na sala com o rabinho entre as pernas. Peguei minhas coisas e fui pra sala correta pegar o resto de aula que ainda tinha.

Lembro uma vez que um cara ficou três semanas “estudando” na sala errada. O pior é que era uma aula de outro curso. Esse sim estava perdido. Era meio “lerdo” como diz minha avó. Eu aumento, mas não invento.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Boas Lembranças


Estava lembrando agora que há um ano (21 de fevereiro de 2006), um pouco mais na verdade, estava no show dos Stones em Buenos Aires. Apesar do carnaval e todas as festividades que enfrentei neste início de ano, ingresso com déficit em 2007.

Foi uma das viagens inesquecíveis que fiz. Toda vez que lembro sinto um misto de êxtase e depressão. Pelo que foi e foi muito bom e por já ter sido e não estar sendo. A viagem, a cidade de Buenos Aires, os amigos, o estádio lotado, a loucura dos castelhanos, a ginga de Mick Jagger, a grande figura Keith Richards, a irreverência de Wood e a elegância de Charlie Watts. Tudo parece tão perfeito que tenho a sensação de que poucas coisas realmente valeram a pena como esta viagem. E pior é a sensação de que nunca mais farei uma viagem como essa.

Quando estava me preparando para ir ao show estava feliz, mas tinha aquele pensamento de que eles já não eram os mesmos, que já não tinham aquele espírito rock and roll do início da carreira. Mas isso até o primeiro acorde de jumping jack flash. Esqueci tudo. Tudo ficou pra trás. A partir de então era só eu e eles. Ou melhor, a massa e eles. Porque nesse momento eu já fazia parte da massa, que era dominada com extrema naturalidade por Mick Jagger. Os olhos grudados no palco apesar do calor sufocante e da loucura dos argentinos.

Em um momento do espetáculo Richards chegou ficar com os olhos marejados enquanto a multidão gritava seu nome. Pode bem ter sido marketing. Mas eu não me importava mais, chorei junto com ele enquanto gritava seu nome com toda a força de meus pulmões. Parecia um garotinho apaixonado implorando o amor impossível de uma mulher mais velha, se o amor dela não é verdadeiro pouco importava o meu era.

Após o show a realização era total. Por algum tempo até esqueci que tudo já havia passado e dali em diante seriam só lembranças. Essa relação estrela-fã é meio complicada, às vezes me sinto um idiota de me emocionar enquanto eles ganham um monte de dinheiro. Mas independente do espírito com que eles fizeram o show eu me realizei. Não sei se conseguirei repetir isso. É como a propaganda, essa é uma das coisas que o dinheiro não compra, ou compra?